segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A TAURINA SAGA LUSITANA


                                 “A épica do Marreta”


É este um fiel touro descendente
Da geração das terras Barrosais
Que na sua postura dá sinais
De provocar respeito a toda a gente.

Para lá do Gerês terá nascido
E, arrastado por uma fresca brisa,
Partiu com seus irmãos para a Galiza
E lá entre os demais fez-se nutrido.

Voltou porém mais tarde à terra lusa
Em condição precária e humilhante
Sujeito a uma vida sem recusa.

Por memória dos ancestrais heróis
Teve numa noite um sonho arrepiante
Que era o mais infeliz de todos os bois.

Sentindo-se dorido e em quarentena
Assumiu, num papel de figurante,
A fama de Flaviano em brava arena…

A agora, por vingança temerosa,
Põe todo o luso norte em polvorosa!

Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA


O DIREITO À VIDA

                                          


                                    Homenagem ao Marreta”


Como é sublime a luta pela Vida
No amplo horizonte da existência
Todos os seres sentem como essência
A justa liberdade conseguida.

Co´ a própria liberdade ameaçada
Perante o alarme da estranha morte
Todo o ser fraco tenta a sua sorte
Conseguindo energia reforçada.

É um direito inerente à Natureza
Que compete assumir-se por concreto
No que toca à possível dignidade.

O Marreta consegue esta firmeza
Por isso mesmo trilha um rumo certo
Que da Vida lhe outorga a qualidade.

Vai, ó amigo, tens o nosso preito
Porque és livre estás no teu direito!

Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA